quarta-feira, 25 de abril de 2012

literatura vampiresca


Literatura

O vampiro ou morto-vivo fez a sua primeira aparição no campo da literatura em poemas como The Vampire (1748) de Heinrich August Ossenfelder, e Lenore(1773) de Gottfried August BürgerDie Braut von Corinth (A Noiva de Corinto (1797) de Johann Wolfgang von Goethe, no inacabado poema de Samuel Taylor ColeridgeChristabel e emThe Giaour (1813) de Lord Byron.[156] Byron foi ainda creditado como responsável pela primeira peça de ficção em prosa sobre vampiros, The Vampyre (1819), embora esta tenha sido escrita na realidade pelo médico pessoal de Byron, John Polidori, que adaptou um uma história enigmática e fragmentária que lhe foi contada pelo seu ilustre paciente.[29][150] A própria personalidade dominante de Byron, temperada pela sua amanteLady Caroline Lamb no pouco elogioso roman-a-clefGlenarvon (um fantasia gótica baseada na vida desregrada de Byron), foi usada como modelo para o morto-vivo protagonista do romance de Polidori, Lord RuthvenThe Vampyre foi um grande sucesso, e a obra sobre vampiros mais influente do início do século XIX.[9]
Varney the Vampire de James Malcolm Rymer (também atribuído a Thomas Preskett Prest) constituiu-se como um marco na literatura gótica de terror de meados da era vitoriana, surgindo inicialmente entre 1845 e 1847 numa série de panfletos geralmente referidos como penny dreadfuls, devido ao baixo preço e ao conteúdo tipicamente macabro, sendo publicado como livro em 1847. Varney the Vampire segue um claro estilo de suspense, usando uma intensa imagística para descrever as horrendas façanhas de Varney.[154] A história de lesbianismo vampírico de Sheridan Le FanuCarmilla (1871), foi outra importante contribuição para o género. Tal como Varney antes dela, a vampira Carmilla é retratada de um modo algo compreensivo quando a compulsão inerente à sua condição é abordada.[157]
Nenhuma tentativa de representação de vampiros na ficção popular foi tão influente ou tão definitiva como o romance Dráculade Bram Stoker (1897).[158] O retrato que faz do vampirismo enquanto doença de possessão demoníaca contagiosa, com os seus matizes de sexo, sangue e morte, sensibilizou a Europa vitoriana onde a tuberculose e a sífilis eram comuns. As características vampíricas descritas na obra de Stoker fundiram-se a tradição popular e dominaram-na, acabando por evoluir para o vampiro da ficção moderna. Inspirado em trabalhos anteriores como The Vampyre e "Carmilla", Stoker começou a pesquisa para o seu novo livro em finais do século XIX, lendo obras como The Land Beyond the Forest (1888) de Emily Gerard e outros livros sobre a Transilvânia e vampiros. Em Londres um colega referiu-lhe a história de Vlad Ţepeş, o "Drácula da vida real", e Stoker imediatamente incorporou essa história no seu livro. O primeiro capítulo do livro foi omitido quando este foi publicado em 1897, editado em 1914 como Dracula's Guest.[159]
Um dos primeiros romances "científicos" sobre vampiros foi I Am Legend (1954), de Richard Matheson, usado depois como base para os filmes The Last Man on Earth em 1964, The Omega Man em 1971, e Eu Sou a Lenda em 2007.[carece de fontes]
Capa do livro Entrevista com o Vampiro, de Anne Rice
O século XXI trouxe mais exemplos de ficção vampírica, como a série Black Dagger Brotherhood, de J.R. Ward, e outros livros de vampiros de grande popularidade e apelando ao público adolescente e jovem adulto. Estes romances paranormais versando sobre vampiros e os géneros associados de chick-lit vampírico e detective do oculto são actualmente um notável fenómeno de popularidade e em constante expansão, com novas obras sobre o tema sendo publicadas a todo o momento.[160] The Vampire Huntress Legend Series de Leslie Esdaile Banks, a série erótica Anita Blake: Vampire Hunter de Laurell K. Hamilton, e a série The Hollows de Kim Harrison, retratam o vampiro numa série de novas perspectivas, algumas delas sem qualquer relação com as lendas originais.
O final do século XX assistiu a um recrudescimento nos épicos de vários volumes sobre vampiros. O primeiro destes foi a série Barnabas Collins (1966-71), da romancista gótica Marilyn Ross, vagamente baseado na série de televisão americana contemporânea Dark Shadows. Esta obra definiu ainda a tendência para representar os vampiros como heróis trágicos poéticos, ao invés das representações mais tradicionais de símbolos do mal. Esta fórmula foi seguida pela romancistaAnne Rice na série de grande sucesso e influência Vampire Chronicles (1976-2003).[161] Os vampiros da série Twilight (2005-2008), de Stephenie Meyer, não são afectados por alho ou crucifixos, nem pela luz solar.[162] Richelle Meaddesvia-se ainda mais do vampiro tradicional na série Vampire Academy (2007-presente), baseando os romances em lendas romenas com duas raças de vampiros, uma boa e outra má, assim como semi-vampiros.[163]
No Brasil o vampiro marcou presença nos anos 1970 na literatura de banda desenhada com o personagem Zé Vampir de Mauricio de Sousa. Mais recentemente, em 2000, o escritor brasileiro André Vianco produziu uma série de histórias de vampiros de sucesso, como Os SeteSétimo e O Vampiro Rei.

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